Depois que a vida dá fim ao nosso mais belo e florido jardim, lavando-o com toda sua turbulenta e radical imprevisibilidade, a gente se abandona.
A gente se vê sem saída, obrigados a pegar a pá de jardinagem e começar a mexer, remexer, mergulhar na parte mais suja e fedorenta do que antes era um campo de aromas, cores e sabores.
Quando finalmente ficamos em pé de novo, temos um belo composto. Um adubo rico daqueles, sabe?! Esperando pra recomeçar o plantio novamente.
E surge algo de dentro do peito que não nos deixa ficar parados. Esse composto a gente entrega à terra com muita gratidão e depois de algum trabalho começam a florescer novas belas flores que por fim polinizarão outros jardins em construção.
"Aos que souberam enganar o fim e fazer dele a eternidade" Carla Ferro
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